domingo, julho 03, 2005

Salão Internacional Erótico de Lisboa

É claro que o Louca-mente não poderia deixar passar o Salão Internacional Erótico de Lisboa sem fazer uma reportagem. À primeira vista talvez não tenha sido muito boa ideia fazer uma feira erótica ao lado de uma feira de artesanato. Que o digam os velhotes do lar da Santa Casa da Misericórdia de Mitralhona do Fogueteiro. Sexta-feira foi dia de apanhar a camioneta e vir à capital ver artesanato. No regresso, o grupo de octogenários mostrava-se invulgarmente animado e a partir daí começou a loucura!

Pois a manhã de Sábado começa com a Ti Deolinda a atravessar o corredor para a casa de banho montada no lombo do Ti Jaquim que, além de nu, já levava o rabo bem inflamado de tanto que a Ti Deolinda lhe espetava com as esporas nas nádegas. Ainda estavam as funcionárias do lar a recuperar do susto e era ver o Senhor Armindo (que agora insiste em dizer que se chama Gigi) vestido de rapariga colegial a barrar a dentadura da Dona Matilde com chantilly enquanto cantava “És tão boa, és tão boa” em altos berros.
Depois das funcionárias muito insistirem a Dona Carlota lá aceitou tirar a máscara de cabedal e as algemas ao marido para este se alimentar, com a promessa de logo a seguir o embrulhar em película aderente e puxar com força as correntes que pendiam dos seus mamilos até que o pobre homem conseguisse contar até cem em japonês. Só após de uma dose quase letal de Xanax e bastonadas para acalmar os ânimos (excepto do avô Margarido, que quanto mais apanhava mais gritava “Uhhhh arreia-me com força! Bate-me mais que eu fui um menino mau”) é que se conseguiu almoçar em paz.

Felizes com o artesanato português, os octogenários acrescentaram mais uma história às suas memórias para contar aos netos (excluindo os que têm Alzheimer) e prometem voltar à feira erótica… quer dizer à feira de artesanato, para o ano.

sexta-feira, julho 01, 2005

Aula de microbiologia

Pois o vosso escritor preferido (não, não é esse… estou a falar de mim porra!) padece de uma cruel entidade clínica designada pitiríase versicolor, trocando por miúdos tenho um fungo na pele. Para quem não conhece a doença, ela manifesta-se por manchas na pele, demência e desempenho sexual acima da média.
Em relação às manchas na pele, estão distribuídas pelas minhas costas bronzeadas, dando-me um saudável aspecto de dálmata. Pois o fungo não gosta de bronze, e depois de passar o Inverno sem dar sinal da sua presença, é no Verão (com as idas à praia e com o estudo… cof cof… a sério este fungo não gosta mesmo nada de estudo!) que ele se manifesta impedindo as regiões afectadas da pele de ficarem bronzeadas. Correndo o risco de me tornar demasiado científico continuo a minha breve explicação referindo que este fungo produz lixívia Neoblanc® e esfregonas Vileda® microscópicas (juro!), que depois usa durante a noite para branquear a pele (chego a acordar às 5 da manhã com o barulho do fungo a esfregar-me a pele).
Em relação à demência penso que já era anterior à micose, e quanto ao desempenho sexual acima da média… poderão confirmar com os vossos próprios olhos durante este fim-de-semana na Feira Erótica na FIL (Parque das Nações), mais propriamente no pavilhão 26 onde estarei a actuar com 6 actrizes Moldavas das 9h00 às 23h00 num show intitulado “O dálmata com 5 patas”, com todos os lucros a reverterem para secção de fungos abandonados da União Zoófila.

Nota: A todas as LEITORAS que acharam FOFA a imagem que escolhi para este post gostaria que deixassem o contacto nos comentários e aproveito para dizer:
1 – que fico igualmente FOFO com manchinhas nas costas;
2 – que caso não achem micoses uma coisa FOFA, que isto tem cura e estou a tratar disso;
3 – já falei do desempenho sexual acima da média?
4 – que a minha namorada nunca vem ao blog e que, caso decida vir, que isto é tudo a brincar!! (…a sério deixem o contacto!)